sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Situação do hospital leva Taquara a decretar estado de calamidade

Prefeitura assumiu o controle da instituição e pretende reabrir para atendimentos de urgência e emergência em dez dias.

Taquara - A Prefeitura de Taquara decretou, nesta sexta-feira, estado de calamidade e perigo público iminente em decorrência da falta de atendimento hospitalar no município e requisitou todas as instalações da Sociedade Hospitalar da Caridade, assumindo seu controle. De acordo com o prefeito Cláudio Kaiser, a previsão é de que em 10 dias as portas do Caridade estejam abertas à população com serviços de emergência/urgência e procedimentos ambulatoriais. A casa de saúde teve interdição ética, que impede o exercício da medicina, no dia 24 de junho, pelo o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). Desde então, foi formado um Conselho Gestor formado por integrantes do Estado, Município e do Caridade, para resolver a situação. O ato tem validade até o dia 31 de dezembro de 2008 podendo ser prorrogado.De acordo com o prefeito Kaiser a gota d´água para a tomada de atitude foi quando uma gestante, na última quinta-feira, precisou de um leito e nenhum hospital da região dispunha de vaga. Decretos - Kaiser ainda explica que na quinta-feira à tarde participou de uma reunião na Secretaria Estadual de Saúde com o Secretário Estadual, Osmar Terra e com representantes do Hospital Mãe de Deus na qual alegaram que não estavam conseguindo avançar no trabalho de recuperação do Hospital de Taquara. "Junto com minha equipe do Jurídico elaboramos os decretos. A maior dificuldade está em formar um corpo clínico para trabalhar no Hospital. Grande parte dos médicos dizem não querer trabalhar enquanto a atual direção estiver atuando", salienta o prefeito.O diretor-geral do Caridade, o médico Antônio Carlos Ebling comenta que foi pego de supresa até porque já estava marcada uma reunião com o Conselho Gestor para a próxima semana onde realizariam a formação do Corpo Clínico. "Espero que este fato seja para abrir as portas do Caridade antes do previsto. Só espero que não seja um ato político".

Foto: Claucia Ferreira/GES

Fonte: Jornal NH

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